Na luta para vencer os preconceitos contra a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, o maior inimigo é invisível: o desconhecimento do mundo corporativo sobre como são, o que pensam, como vivem e o potencial das pessoas que integram esse contingente, que representa 10% da população brasileira.

Para as empresas, não basta a obrigatoriedade de cumprir a lei de cotas para incluir pessoas com deficiência nos seus quadros. É preciso um trabalho de convencimento de gestores e empregados. Para isso, o IBDD desenvolveu e está aplicando uma metodologia inovadora para vencer os preconceitos.

“A ação de sensibilização carrega consigo o ideal de desbravamento e conquista dos participantes e através deles, a empresa”, diz Teresa Costa d’Amaral, superintendente do IBDD.

Atualmente, o IBDD está trabalhando no processo de sensibilização de gestores e funcionários da fábrica de lubrificantes da marca Mobil, na Ilha do Governador, controlada pela empresa brasileira Cosan. Semana passada foram oito sessões para mais de 100 funcionários, com atividades lúdicas, palestras, depoimentos, dinâmica de grupo e até dança de salão.

“Achei excelente. Foi muito além da minha expectativa”, afirmou o diretor de operações de lubrificantes da Cosan, José Alexandre Magalhães. “O depoimento de uma profissional cega e a dança de uma cadeirante, entre outras atividades, nos deixou a sensação de que estamos lidando com pessoas iguais na diferença”, reconhece.

O sucesso da metodologia inovadora de sensibilização usada pelo IBDD pode ser reconhecido pelos planos do executivo da Cosan. “Estamos pensando em contratar, numa segunda fase, pessoas com deficiência para a área operacional da fábrica de lubrificantes”, prevê. [VOLTAR]